Para estar antenada

Entrevistinha legal do Ronaldo Fraga sobre o mercado de moda na seção do Globo Online voltada para formação profissional.

Até que ponto a faculdade influencia na formação de um profissional de moda? (Maria Isabel Parahyba)
FRAGA: A faculdade tem um grande papel, que é o de proporcionar trocas entre os alunos e pessoas de herança profissional e cultural diferentes. É um espaço onde a pessoa tem mais liberdade de criar do que no mercado. Esse papel da escola é fundamental, principalmente porque a escola tem que fomentar o desenvolvimento de pesquisa, de buscar sempre o novo. Quem faz faculdade consegue exercitar seu estilo, além de obter uma abordagem cultural sobre seus produtos.

É preciso ter diploma para se dar bem no mercado? (Thamyris Catib)
FRAGA: Não necessariamente, mas é um instrumento a mais. Ainda temos poucos estilistas de destaque que saíram da escola, a maioria ainda é autodidata. Mas, hoje em dia, ser autodidata não agrega mais valor, e a formação acadêmica faz com que seja mais fácil entrar no mercado, em qualquer área da moda.

O que você diria sobre o mercado de trabalho no Brasil? E quais as dicas para os profissionais conseguirem se sustentar trabalhando no que gostam? (Sabrina Corrêa)
FRAGA: O brasileiro tem gosto por moda. O São Paulo Fashion Week só perde em divulgação para um jogo do Brasil na Copa do Mundo, por exemplo. Há bastante oportunidade no mercado sim, e elas são crescentes. O profissional de moda está cada vez mais valorizado. Temos, no entanto, carência de pessoal técnico, como alfaiates e modelistas. Para quem quer montar seu negócio, minha dica: é preciso se preocupar não apenas com o estilo, mas também com a gestão da marca.

Que conselho você daria para quem ainda está dando os primeiros passos na criação de roupas? (Edith Murphy)
FRAGA: Você precisa saber que este é um negócio como qualquer outro e precisa de muita dedicação e envolvimento. O estilista é o personagem que se destaca entre a indústria e o glamour, mas saiba que este é 0,5% do conjunto. Leiam, se informem e não achem que estão inventando a roda. O importante é saber contar de um jeito novo as velhas coisas.

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